Florença: a cidade das artes
A terra de Leonardo Da Vinci e Michelângelo é mágica e magnífica
ITÁLIA


Andar por Florença é respirar arte
É tanta beleza que pode deixar os turistas doentes. Andar pelas ruas estreitas e admirar as obras podem causar a Síndrome de Stendhal (leia mais),uma série de sintomas como tonturas, palpitações e alucinações que acomete os turistas mais sensíveis aos estímulos sensoriais provocados por Florença.
A capital da região da Toscana já foi uma república e é considerada o berço do Renascimento italiano. Também é a cidade natal do escritor Dante Alighieri, autor da Divina Comédia.
Para a viajante solo, é uma cidade muito segura, recheada de turistas, mas também muito cara. Escolha se hospedar perto do centro histórico, região onde fica a Catedral e a maioria dos pontos turísticos. Dá pra fazer tudo a pé. A principal estação de trem é a Santa Maria Novella. Em dois dias, você consegue curtir bem. Se quiser visitar outras cidades próximas, recomendo em torno de 4 dias.
As atrações de Florença


Duomo de Florença ou Catedral Santa Maria Del Fiore: a construção é imponente e impressiona. É certamente uma das mais bonitas da Itália e a terceira maior catedral do mundo. Demorou 140 anos para ser construída. É feita em mármore verde, branco e rosa, em estilo neogótico. Compõe a estrutura o Campanário de Giotto e o Batistério de São João, o patrono da cidade. Para entrar no Duomo, Campanário e Batistério, precisa comprar o ingresso e ter paciência com as filas. A entrada custa 30 euros. Compre aqui.
Ponte Vecchio ou Ponte Velha: a atração cruza o Rio Arno e oferece um pôr do sol de tirar o fôlego. Aproveite para fazer muitas fotos e selfies. O passeio pela ponte, construída no século 14, é clássico. Em cima dela, estão inúmeras joalherias, uma ao lado da outra. Como é ponto turístico, comprar qualquer coisa ali vai lhe custar uns bons euros.
Museo Casa di Dante: para os amantes da literatura, vale um passeio pela casa onde morou o escritor italiano Dante Alighieri e apreciar suas obras. A entrada custa 8 euros.
Galleria Dell'Accademia: a principal atração é a escultura Davi, de Michelângelo, uma das mais belas obras do artista Ficava originalmente em frente ao Palazzo Vecchio, ou o palácio velho, onde hoje se encontra uma reprodução perfeita (foto acima). A entrada custa 13 euros.




Galeria Uffizi: vale muito a visita se você gosta de arte. É o museu mais importante da Itália. Não deixe de ver as seguintes obras: A Anunciação, de Leonardo da Vinci, O Nascimento da Vênus (foto acima) e A Primavera, de Botticelli, Medusa, de Caravaggio, e Vênus de Urbino, de Ticiano. O ingresso custa 26 euros. Se for visitar o Palazzo Pitti e o Jardim Boboli, vale a pena comprar o passe de 5 dias por 39 euros.


Palazzo Vecchio: o palácio velho foi residência da poderosa família Medici e hoje o funciona como a sede da prefeitura de Florença. Dá pra entrar de graça até o primeiro pátio. Para ver o museu e outras curiosidades do palácio, precisa pagar entrada. Os ingressos custam 15 euros.
Palazzo Pitti: construção renascentista que serviu de residência para importantes famílias como a Pitti, Médici, Saboia, Lorena, Bourbon e Boanaparte. Hoje é o maior complexo de museus de Florença, com várias galerias. Fica do outro lado do Rio Arno, cruzando a Ponte Vecchio. Ingressos a 17 euros, 23 euros (se combinado com a visita ao Jardim Boboli) ou 39 euros o passe que dá direito a entrada também na Galeria Ufizi.
Jardim Boboli: é o maior parque italiano e um verdadeiro museu a céu aberto. Fica do lado esquerdo do Palazzo Pitti. Ingressos a 11 euros, 23 euros (se combinado com a entrada para o Palazzo Pitti) ou 39 o passe que engloba também a visita à Galeria Ufizzi.
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Dicas de Florença
Cuidado com os preços. Paguei 10 euros por um simples gelatto em uma sorveteria próxima à Ponte Vecchio. Pergunte o preço de tudo antes.
Para comprar couro, visite o Mercado San Lorenzo, uma feira de rua que vende bolsas, carteiras, jaquetas... Os preços compensam. Fica ao lado do Mercado Central. Se gostar de algo, não deixe de barganhar, mas espere um vendedor bem grosso, gritando desaforos se você experimentar várias peças e não levar nada (aconteceu comigo. Fui expulsa da loja). Pesquise bem antes.
Para almoçar ou jantar, visite o Mercato Centrale, ou o Mercado Central, bem no centro histórico. No térreo, ficam as barracas da feira livre e no primeiro andar, um espaço gastronômico que concentra restaurantes com comidas típicas da Toscana a preços razoáveis. Para quem está viajando sozinha, é bem prático porque você pegar seu prato e se sentar em uma das mesas compartilhadas. Vai que nessa, ainda consegue fazer amizade.
Se estiver na região no dia 24/6, não perca as festividades em homenagem a São João, o padroeiro de Florença. Tem procissão e missa pela manhã. À tarde, um desfile histórico que vai até a praça Santa Croce, onde acontece a final do Calcio Storico, um jogo da época medieval, que conta com apenas quatro times. É uma mistura de futebol, rugby e luta livre. É curioso e uma febre. Os ingressos são disponibilizados com um ano de antecedência apenas para moradores. Quem não consegue entrar, lota os bares para assistir ao jogo pela TV.
Bate e volta de Florença
Se tiver alguns dias a mais, vale a pena alugar um carro e visitar as famosas vinícolas da Toscana, na região do Chianti.
Outra opção é conhecer no mesmo dia as cidades de Pisa, aquela da torre torta, e Lucca, com muralhas de 4,2km de extensão e de arquitetura medieval muito bem preservada. Vá de carro ou trem.