Milão: ame ou odeie

Capital da moda e do design, a cidade no norte da Itália é cara e com poucos atrativos

ITÁLIA

Alessandra Marra

8/25/20235 min read

Duomo, a catedral de Milão
Duomo, a catedral de Milão

Chegando sozinha na capital da moda

Desembarquei no aeroporto Malpensa no início da tarde de um sábado, depois de 12 horas de viagem. Para ir até o meu hotel, optei pelo ônibus que me deixou ao lado da estação central de Milão (Milano Centrale). Comprei o bilhete direto com o motorista, na saída do aeroporto e paguei 10 euros, por quase uma hora de viagem. A outra opção era o trem Malpensa Express, que custa 13 euros.

Fiquei no Glam Milano, pertinho da estação. É um hotel bem simpático, 4 estrelas, com uma diária bem cara para meus padrõese (cerca de 100 euros por noite). Optei por gastar mais nesta hospedagem porque iria estar cansada depois de 12 horas de voo e precisava de um lugar bom e de fácil acesso. A localização é excelente, perto da Milano Centrale, de onde você ainda pode acessar o metrô. O café da manhã custa cerca de 15 euros. É bem servido, mas muito caro. Minha sugestão é ir até um mercado próximo e abastecer o frigobar.

A dica é se hospedar nessa região próxima à estação central. Os valores são mais em conta e você tem facilidade pra ir de um ponto a outro.

O que fazer em Milão?

  • Do lado, fica a Galeria Vittorio Emanuelle II, a mais chique de Milão. Os preços dos produtos não são para meros mortais, mas a entrada é gratuita. Além das luxuosas lojas e cafés, a galeria serve como ligação entre a Piazza Duomo e a Piazza della Scalla, onde fica o famoso teatro La Scala.

  • Um dos pontos mais procurados pelos turistas é o Quadrilátero da Moda, que concentra várias lojas de grife. Eu, particularmente, não vi nada demais. Pra quem já foi à Rua Oscar Freire, em São Paulo, não vai notar nada de muito diferente. Pra quem quiser conhecer, fica entre as ruas Via Manzoni, Via Montenapoleone, Via Della Spiga e Corso Venezia.

  • A Pinacoteca Brera conta com obras de Mantegna, Rafael, Bellini, Caravaggio e Tiziano no acervo. Preço: 16 euros.

  • O Castelo Sforzesco serviu de residência ao Duque de Milão, Ludovico Sforza, conhecido por patrocinar grandes artistas italianos, como Leonardo Da Vinci. Também foi fortaleza e base militar. Para passear pelos jardins e o parque Sempione (que fica atrás do castelo), a entrada é gratuita. Para entrar na pinacoteca, no museu arqueológico e bibliotecas, paga-se 5 euros.

  • A última ceia de Leonardo Da Vinci, ou o Cenacolo Vinciano, uma das obras mais famosas do mundo, foi pintada no então refeitório do antigo convento da igreja Santa Maria delle Grazie. A pintura é, sem dúvida, uma das mais importantes da história da arte e já passou por várias restaurações. Durante a segunda guerra mundial, o convento foi bombardeado e, por milagre, só sobrou de pé a parede onde estava o afresco, que ficou ao ar livre por vários anos. Atenção: se pretende visitá-la, compre o ingresso com muita antecedência. Para preservá-la, só é permitida a entrada de grupos de 25 pessoas durante quinze minutos. Vale a visita. É emocionante. Preço da visita: 15 euros.

  • Navigli: charmoso bairro de Milão, cortado por dois canais. É considerado um dos mais descolados e alternativos, recheado de bares, restaurantes, lojas e galerias. Não recomendo ficar hospedada nessa região porque é meio fora de mão pra chegar, mas vale muito o passeio. Foi num bar à beira de um dos canais que comi a melhor pizza margarita da minha vida.

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Outras dicas

  • Bate e volta para Verona para conhecer a suposta casa onde morou Julieta, do livro Romeu e Julieta. É só pegar o trem na estação Milano Centrale. Outras atrações: Duomo, Museu Arqueológica, Castel Vecchio e o Teatro Romano. Veja se vale a pena adquirir o Verona Card.

  • Bate e volta para o Lago Como: os trens partem da estação Cadorno, a cada meia hora. Fica a apenas 50 minutos de Milão, quase na divisa com a Suíça e perto dos Alpes. A sugestão é descer na estação Como Nord Lago, fazer um passeio pela cidade, andar de barco e subir o funicular até uma das montanhas.

  • Se estiver a fim de fazer compras, uma boa opção é o Corso Buenos Aires, em Milão. Há vários outlets em cidades próximas: Serravalle Designer Outlet, FoxTown Factory Stores, Vicolungo, Fidenza Village e o Scalo. Para nós, brasileiras, mesmo sendo outlet, é tudo muito caro. Se estiver interessada, entre no site de cada um deles e veja como chegar. A maioria oferece ônibus (alguns pagos), que saem da Milano Centrale.

  • Alguns bares não cobram os petiscos durante o happy hour, apenas os drinks. Consulte o garçom.

  • Não deixe de experimentar as famosas "granitas", conhecidas aqui no Brasil como raspadinhas. É fácil de encontrar pelas ruas de Milão e super refrescantes para os dias escaldantes.

  • Não deixe de visitar o Mercado Central, que funciona dentro da estação central de trem. Pratos e sobremesas típicos italianos a preços convidativos.

autora do blog em frente ao Duomo ou catedral de Milão
autora do blog em frente ao Duomo ou catedral de Milão
fachada de galeria Vitorio Emanuelle
fachada de galeria Vitorio Emanuelle
fachada de Castelo Sforzesco em mão
fachada de Castelo Sforzesco em mão
imagem de jesus cristo e os apóstolos em volta da mesa
imagem de jesus cristo e os apóstolos em volta da mesa