Milão: ame ou odeie
Capital da moda e do design, a cidade no norte da Itália é cara e com poucos atrativos
ITÁLIA
Chegando sozinha na capital da moda
Desembarquei no aeroporto Malpensa no início da tarde de um sábado, depois de 12 horas de viagem. Para ir até o meu hotel, optei pelo ônibus que me deixou ao lado da estação central de Milão (Milano Centrale). Comprei o bilhete direto com o motorista, na saída do aeroporto e paguei 10 euros, por quase uma hora de viagem. A outra opção era o trem Malpensa Express, que custa 13 euros.
Fiquei no Glam Milano, pertinho da estação. É um hotel bem simpático, 4 estrelas, com uma diária bem cara para meus padrõese (cerca de 100 euros por noite). Optei por gastar mais nesta hospedagem porque iria estar cansada depois de 12 horas de voo e precisava de um lugar bom e de fácil acesso. A localização é excelente, perto da Milano Centrale, de onde você ainda pode acessar o metrô. O café da manhã custa cerca de 15 euros. É bem servido, mas muito caro. Minha sugestão é ir até um mercado próximo e abastecer o frigobar.
A dica é se hospedar nessa região próxima à estação central. Os valores são mais em conta e você tem facilidade pra ir de um ponto a outro.
O que fazer em Milão?
A primeira parada é o Duomo, a famosa catedral gótica da cidade. Demorou 400 anos para ser construída e é feita em mármore branco-rosa. Prepare-se para pagar 22 euros se quiser entrar e subir até o terraço, onde é possível ter uma bela vista de Milão.
Do lado, fica a Galeria Vittorio Emanuelle II, a mais chique de Milão. Os preços dos produtos não são para meros mortais, mas a entrada é gratuita. Além das luxuosas lojas e cafés, a galeria serve como ligação entre a Piazza Duomo e a Piazza della Scalla, onde fica o famoso teatro La Scala.
Um dos pontos mais procurados pelos turistas é o Quadrilátero da Moda, que concentra várias lojas de grife. Eu, particularmente, não vi nada demais. Pra quem já foi à Rua Oscar Freire, em São Paulo, não vai notar nada de muito diferente. Pra quem quiser conhecer, fica entre as ruas Via Manzoni, Via Montenapoleone, Via Della Spiga e Corso Venezia.
A Pinacoteca Brera conta com obras de Mantegna, Rafael, Bellini, Caravaggio e Tiziano no acervo. Preço: 16 euros.
O Castelo Sforzesco serviu de residência ao Duque de Milão, Ludovico Sforza, conhecido por patrocinar grandes artistas italianos, como Leonardo Da Vinci. Também foi fortaleza e base militar. Para passear pelos jardins e o parque Sempione (que fica atrás do castelo), a entrada é gratuita. Para entrar na pinacoteca, no museu arqueológico e bibliotecas, paga-se 5 euros.
A última ceia de Leonardo Da Vinci, ou o Cenacolo Vinciano, uma das obras mais famosas do mundo, foi pintada no então refeitório do antigo convento da igreja Santa Maria delle Grazie. A pintura é, sem dúvida, uma das mais importantes da história da arte e já passou por várias restaurações. Durante a segunda guerra mundial, o convento foi bombardeado e, por milagre, só sobrou de pé a parede onde estava o afresco, que ficou ao ar livre por vários anos. Atenção: se pretende visitá-la, compre o ingresso com muita antecedência. Para preservá-la, só é permitida a entrada de grupos de 25 pessoas durante quinze minutos. Vale a visita. É emocionante. Preço da visita: 15 euros.
Navigli: charmoso bairro de Milão, cortado por dois canais. É considerado um dos mais descolados e alternativos, recheado de bares, restaurantes, lojas e galerias. Não recomendo ficar hospedada nessa região porque é meio fora de mão pra chegar, mas vale muito o passeio. Foi num bar à beira de um dos canais que comi a melhor pizza margarita da minha vida.
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Outras dicas
Bate e volta para Verona para conhecer a suposta casa onde morou Julieta, do livro Romeu e Julieta. É só pegar o trem na estação Milano Centrale. Outras atrações: Duomo, Museu Arqueológica, Castel Vecchio e o Teatro Romano. Veja se vale a pena adquirir o Verona Card.
Bate e volta para o Lago Como: os trens partem da estação Cadorno, a cada meia hora. Fica a apenas 50 minutos de Milão, quase na divisa com a Suíça e perto dos Alpes. A sugestão é descer na estação Como Nord Lago, fazer um passeio pela cidade, andar de barco e subir o funicular até uma das montanhas.
Se estiver a fim de fazer compras, uma boa opção é o Corso Buenos Aires, em Milão. Há vários outlets em cidades próximas: Serravalle Designer Outlet, FoxTown Factory Stores, Vicolungo, Fidenza Village e o Scalo. Para nós, brasileiras, mesmo sendo outlet, é tudo muito caro. Se estiver interessada, entre no site de cada um deles e veja como chegar. A maioria oferece ônibus (alguns pagos), que saem da Milano Centrale.
Alguns bares não cobram os petiscos durante o happy hour, apenas os drinks. Consulte o garçom.
Não deixe de experimentar as famosas "granitas", conhecidas aqui no Brasil como raspadinhas. É fácil de encontrar pelas ruas de Milão e super refrescantes para os dias escaldantes.
Não deixe de visitar o Mercado Central, que funciona dentro da estação central de trem. Pratos e sobremesas típicos italianos a preços convidativos.











